A sociedade capitalista urbano-industrial e seu atual modelo de desenvolvimento econômico e tecnológico têm causado crescentes impacto sobre o meio ambiente, e a percepção desse fenômeno vem ocorrendo de maneiras diferentes de acordo com o poder aquisitivo das pessoas. Com isso, o sistema capitalista selvagem, em que os valores éticos, de justiça social e solidariedades não são considerados, nem a cooperação é estimulada, assim prevalecem o lucro a qualquer preço, a competição, o egoísmo e os privilégios de poucos em detrimento a maioria da população. (Philippi, A. 2006).

A educação ambiental é mais uma questão de processos do que produtos. Depende tanto da cultura vigente, do respeito ao meio ambiente, da organização social (saúde, educação, trabalho e lazer), das redes de apoio contra os estigmas, quanto do clima familiar, da vizinhança, dos grupos de filiação e referência, dos possíveis espaços de vivência alternativos, e ainda, é necessário uma sensibilização da causa, que conseqüentemente pode causar mudança de habito das pessoas.

É direito do educando, um projeto civilizatório que leve em consideração a questão da universalidade do ser humano dentro de um processo histórico, no qual se estabeleça a ética da promoção da vida, o que exige reflexões e ações sobre as desigualdades, sobre a pobreza, sobre a exclusão da maioria ao acesso a bens e serviços, sobre as práticas e relações de consumo. Isso requer a reconstrução de paradigmas e das relações do ser humano com a natureza, que busca uma reflexão contínua a partir da sua ação. (Pelicione,2002).

E ainda, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, a Educação Ambiental foi considerada como um dê seus alicerces, devendo se voltar a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, a fim de capacitá-la para a participação ativa do meio ambiente.

Conforme a Lei Federal nº 9.795, de 1999, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, todos tem direito a educação ambiental, componente essencial e permanente na Educação Nacional que deve ser articulada em todos os níveis e modalidades de ensino, sendo de responsabilidade do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Educacional, dos meios de comunicação, do Poder Público e da sociedade em geral.

1º Formar e preparar cidadãos para a reflexão crítica e para uma ação social corretiva ou transformadora no sistema, de forma a tornar viável o desenvolvimento integral dos seres humanos;

2º Incentivo individual e coletiva aos alunos, permanente e responsável na preservação do meio ambiente, estendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

3º O fortalecimento da cidadania, autodeterminação e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade;